O secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, defendeu ontem que Sines faz “todo o sentido como um hub energético na área do gás” e que para o potencializar são necessárias “infra-estruturas”, como as “interligações” à Europa.
“O porto [de Sines], de águas profundas, e que aliás é aquele porto que está mais a Ocidente na Europa, tem um grande potencial para, investindo em onfra-estruturas, nós podermos exportar para outros países”, disse à “Lusa” Jorge Seguro Sanches, após uma visita ao terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) do porto alentejano.
“Isso faz todo sentido”, reiterou, defendendo que o terminal portuário, gerido pela REN (Redes Energéticas de Nacionais), pode “vir a dar segurança do abastecimento a outros países” da Europa.
Para isso, falta, no entanto, criar “interligações” entre os países da União Europeia, algo que tem sido defendido pelo Governo português, segundo fez questão de dizer Jorge Seguro Sanches, referindo-se não só ao gás, mas também à eletricidade.
“Entendemos que é assim que se constrói uma união da energia e que é assim que, numa Europa que todos queremos que seja de livre circulação de pessoas, de capitais e mercadorias, também seja de energia”, afirmou, argumentando ainda que a criação dessas infra-estruturas pode também contribuir para uma maior competitividade no mercado energético.
O governante falou à “Lusa” no final de uma visita ao porto de Sines, em que acompanhou o seu homólogo alemão, Rainer Baake, a quem Jorge Seguro Sanches pretendeu evidenciar que o terminal de GNL “pode vir a dar segurança do abastecimento a outros países”.
Para o secretário de Estado da Energia da Alemanha, também defensor da criação de mais interligações energéticas entre os países europeus, a diversificação de “alternativas” de abastecimento “é bom para acrescentar mais segurança no fornecimento de energia ao país”, podendo também “ter um bom efeito no preço”.
Na visita ao terminal de GNL de Sines participaram, além do governante alemão, a directora de Energias Renováveis do Ministério da Energia de Marrocos, Zohra Ettaik, e o presidente da REN, Rodrigo Costa.