O Governo dos Açores chegou a acordo com dois dos sindicatos envolvidos na greve em curso nos portos do arquipélago, assegurando os serviços mínimos que garantam o abastecimento de todas as ilhas.
“Os dois sindicatos que poderiam impedir o abastecimento às ilhas assinaram acordos de serviços mínimos”, revelou fonte oficial do Executivo regional, em declarações à “Lusa”, assegurando que “está acautelado” o fornecimento de bens essenciais a todas as ilhas daquela região autónoma.
O Sindicato dos Pilotos de Barra assinou o acordo na semana passada, enquanto o Sindicato dos Trabalhadores Portuários assinou na segunda-feira o entendimento com as autoridades regionais relativo aos serviços mínimos.
No caso dos pilotos de barra, o acordo prevê que seja assegurado o serviço sempre que exista uma rotura no fornecimento de bens essenciais em qualquer ilha, enquanto os trabalhadores portuários se comprometem a assegurar que não haverá falhas no abastecimento de bens alimentares, medicamentos, material hospitalar e combustíveis, entre outros produtos.
“A greve tem registado uma adesão grande, mas a gestão que tem sido feita tem permitido que os navios entrem nos portos e descarreguem, pelo que não se regista até agora qualquer rotura de fornecimento de bens essenciais”, afirmou a mesma fonte do Executivo.
Ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, uma fonte de um operador marítimo que serve a região sublinhou que o abastecimento às ilhas “é pendular e sem alternativas nem tempo de reserva para que os navios possam recuperar, no caso de falhar uma escala”. Isto porque “os dias disponíveis (sábado e domingo) são dias de trabalho extraordinário e, como tal, abrangidos pelas reivindicações”.
Por outro lado, o mesmo operador lembrou que “devido à confiança que há no serviço público de transporte marítimo, o mercado insular não faz stock de produtos perecíveis e outros, nem armazenamento dos produtos que produz”.