O Governo criou um grupo de trabalho para estudar uma nova concessão do Terminal Multipurpose de Sines, actualmente detida pela Portsines (Grupo ETE).
A concessão do Terminal Multipurpose de Sines (TMS) termina em Maio do próximo ano, e o Governo quer propostas para o lançamento de um novo concurso.
A Portsines detém a concessão do TMS desde o seu início, em 1992, originalmente por um período de 25 anos e que em 2017 foi prolongada por cinco anos. Novas prorrogações seriam, em princípio, permitidas, mas o Executivo lembra, no despacho hoje publicado em Diário da República, que o novo enquadramento legal comunitário não favorece essa solução.
Por outro lado, e talvez mais determinante, o perfil da concessão alterou-se significativamente com o fim da movimentação de carvão, pelo encerramento antecipado das centrais da EDP de Sines e do Pego. O TMS pode movimentar granéis sólidos, carga geral e ro-ro, mas o seu negócio é – ou era -, essencialmente, o carvão: 391 mil toneladas no ano passado, menos 2,6 milhões de toneladas do que em 2019.
Assim, o Governo propõe-se agora estudar os moldes de uma nova concessão, assumindo a “possibilidade de movimentação de tráfegos de diversa natureza, contemplando carga geral a granel, cargas de projecto, contentores e outras cargas que sejam compatíveis com os equipamentos existentes ou mobilizáveis para o Terminal”, lê-se no despacho
A Administração do Porto de Sines tem planos para o TMS que passarão, nomeadamente, pela sua utilização como hub para o tráfego de cereais entre a América Latina (e, desde logo, o Brasil), a Europa e África. Os sectores das rochas ornamentais e das indústrias automóvel e aeronátuca estão também na mira.
O Terminal Multipurpose de Sines (com 850 metros de cais e fundos de -18 metros) pode receber navios de grandes dimensões (até 190 mil DWT) e dispõe de áreas para a instalação de armazéns e naves logísticas.
Esta é mais uma oportunidade única para MAXIMIZAR TODO potencial do TXXI do porto alentejano no que à movimentação de graneis( líquidos, sólidos )diz respeito, vale a pena perguntar à MSC se quer expandir o espaço.
Também devíamos perguntar à MEDWAY se pode ser melhorada acessibilidade ferroviária naquele espaço.
É triste que o porto de Sines, mais 1 vez pela incompetência do Ministro dos Transportes, Pedro Nuno Santos, perde terreno na competitividade internacional, Ibérica e no Mediterrâneo porque não consegue lançar novos concursos de concessão suficientemente atractivos para os melhores players mundiais. A saber, no porto de Sines temos os terminais de carvão e multi-usos completamente livres e vazios e o novo terminal de contentores Vasco da Gama ficou também vazio de candidatos quantos os nosso concorrentes crescem todos os anos muito mais que Sines. Para dizer que “a cabeça” do Ministro Pedro Nuno Santos é completamente OCA e VAZIA de inteligência : é triste