O prazo da consulta pública sobre o modelo de abertura à iniciativa privada do serviço público de transporte de passageiros em Lisboa e Porto foi prolongado até às 24 horas do próximo dia 16, domingo.
O processo de consulta pública foi aberto no passado dia 19 de Fevereiro e deveria ter terminado a 7 do corrente. O prolongamento foi justificado pelos pedidos de alguns interessados que estariam (estarão) a trabalhar nos seus contributos para a definição do modelo de concessão dos serviços de transportes públicos em Lisboa e Porto.
Em causa está a concessão a privados da STCP e da Metro do Porto, na Invicta, e da Carris e do Metropolitano de Lisboa, na capital.
O Executivo propõe-se passar a gestão dos serviços para os privados, assumindo estes os riscos operacionais e comerciais e não recebendo qualquer compensação pública. Mais, o Estado pretenderá transferir para os privados parte da dívida histórica daquelas empresas públicas, dispondo-se nesse caso a pagar alguma compensação pela prestação do serviço público.
Até ao momento, apenas o Grupo Barraqueiro tomou uma posição pública sobre o modelo proposto. Num documento enviado ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, o grupo de Humberto Pedrosa criticou o método seguido pelo Executivo e avisou considerar que “não há condições para as empresas privadas assumirem a gestão das empresas públicas de transportes”.
Além do Grupo Barraqueiro, também a Transdev, a Arriva e a Vimeca assumiram já o seu interesse de princípio nas concessões.