A abolição das portagens “não está em cima da mesa”, disse o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, no dia em que PCP e Bloco de Esquerda entregaram no Parlamento propostas para acabar com as portagens nas antigas SCUT.
Adivinha-se mais um teste à solidez dos acordos que sustentam o Governo PS. Enquanto PCP e Bloco propõem o fim das portagens nas SCUT, o Executivo, pela voz do ministro Pedro Marques, garante que o assunto na está na sua agenda.
“Não está em cima da mesa do Governo a abolição de portagens”, garantiu o minitro aos jornalistas. “Mas a unidade de missão para o Interior vai estudar condições para melhorar a mobilidade no Interior”, acrescentou o governante à margem de um congresso em Lisboa.
Rejeitadas novas portagens na A3 e A4
Em declarações aos jornalistas, Pedro Marques garantiu que também não está previsto qualquer plano para introduzir novas portagens na A3 e na A4, no interior da Área Metropolitana do Porto.
“A este Governo, à data, não foram apresentadas propostas nesse sentido. Se foram apresentadas ao Governo anterior, só pode responsabilizar os responsáveis do Governo anterior”, declarou.
O novo governante socialista sublinhou que não pediu nenhuma proposta à Infraestruturas de Portugal (antiga Estradas de Portugal) para criar novas portagens.
“Vamos trabalhar a partir daqui. Não pedimos nenhum estudo sobre a criação de novas portagens”, disse, revelando que ainda hoje se reunirá com a Infraestruturas de Portugal, liderada por António Ramalho.
O “JN” noticiou no sábado passado que a introdução de portagens, em 2016, no troço da A3 entre Águas Santas e a Maia e no troço da A4 entre Águas Santas e Ermesinde consta do Plano de Actividades e Orçamento da empresa Infraestruturas de Portugal (IP).
A medida “terá sido acertada entre o Conselho de Administração da IP e o anterior Governo”, sendo que a cobrança de portagens nos dois troços “deverá render cerca de 15 milhões de euros por ano aos cofres” da empresa.