As associações de transportes reuniram na quarta-feira com o Governo e receberam um protocolo negocial que, segundo o presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) “não tem nada para o imediato”.
“Entregaram um protocolo negocial, esse protocolo vai ser apresentado aos associados da ANTP e eles vão tomar as providências de acordo com o que entendam que querem fazer. Temos medidas que podem ser benéficas para o sector a curto e médio prazo, mas para o imediato, que é quando o sector necessita, não temos nada que nos venha dar aqui um alento”, disse à “Lusa” Márcio Lopes, no final da reunião.
Na reunião terão participado o representante do Governo nomeado para liderar o grupo de trabalho, elementos da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), da
Autoridade Tributaria e os representantes da ANTRAM e ANTP. O secretário de Estado das Infraestruturas esteve ausente.
“Segundo disseram, apresentaram aquilo que podem fazer. Não quero dizer que seja uma desilusão, serão os associados a decidir se se enquadra no que pretendem e esperavam. Todos vão tomar uma decisão e vamos fazer o que ficar delineado”, frisou Márcio Lopes.
O presidente da ANTP referiu que foram abordadas muitas das questões que estavam nos cadernosreivindicativos, mas recusou adiantar detalhes sobre o protocolo negocial.
ANTP e ANTRAM deverão responder à proposta de protocolo na próxima segunda-feira.
As duas associações de transportadores rodoviários de mercadorias reclamam, entre outras medidas, a regulamentação do sector, a criação de uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente aos Transportes, a obrigatoriedade de pagamento no período máximo de 30 dias e a criação de um mecanismo para que a
inflação também seja reflectida no sector dos transportes.
O caderno reivindicativo prevê ainda que o preço dos transportes seja indexado ao preço dos combustíveis, melhores condições de trabalho para os motoristas e descontos nas portagens.