A “troika” quer que o Governo apresente rapidamente uma solução para o passivo histórico das empresas de transportes e acelere as reformas no modelo de governação do sector portuário.
A “troika” reconhece que foram dados passos para equilibrar os resultados operacionais das empresas públicas de transportes, nomeadamente através do aumento do preço dos títulos de transporte e da redução do número de trabalhadores (para além dos cortes, excepcionais ou talvez não, nos subsídios de férias e de Natal).
Ainda assim, os prejuízos globais do sector voltaram a crescer em 2011, elevando-se actualmente a cerca de 17 mil milhões de euros. E é para este problema que a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI querem que o Executivo de Lisboa apresente soluções.
A venda de activos – e também de passivos – das empresas em causa é uma das possibilidades hoje mesmo aventada num encontro promovido em Lisboa pela Fernave, em que participou, entre outros, o presidente da Carris, José Silva Rodrigues.
Na frente portuária, a “troika” quer também que Lisboa concretize a reforma do modelo de governação dos portos e da mão-de-obra.
Na avaliação que fez, a “troika” reconhece alguns progressos, nomeadamente na separação das actividades de regulação e de gestão comercial dos portos; e refere que o Executivo tem em preparação legislação para o sector. Mas insiste na necessidade de avançar com o processo.