O Governo ainda não terá dado quaisquer instruções às empresas envolvidas nas grandes obras públicas para alterarem o andamento dos trabalhos.
A equipa liderada por Guilherme d’ Oliveira Martins tem seis meses para avaliar as PPP previstas para os Transportes. Mas enquanto isso, tudo indica que as obras continuarão a avançar normalmente. O que poderá dificultar, ou pelo menos tornar mais cara, uma eventual suspensão dos projectos.
O “DE” cita hoje fontes não identificadas do sector das concessões e PPP, segundo as quais não terá havido qualquer indicação, nem do Ministério das Finanças, nem do Ministério das Obras Públicas, no sentido de travar, adiar ou alterar o cronograma das concessões ou PPP que vão ser alvo da avaliação por parte da equipa de Oliveira Martins.
Na mesma edição, o economista Silva Lopes, que em 2009 defendeu a reavaliação de todas as grandes obras públicas, alerta para os eventuais prejuízos decorrentes do abandono ou suspensão de alguns projectos.
O ex-ministro das Finanças lembra que nos casos em que as obras já estejam adiantadas haverá que considerar os custos já suportados, e que não deverão ser “atirados fora”!.
Certo é que mesmo sem assumirem abertamente o cancelamento de nenhuma das grandes obras públicas, o anterior Governo e o actual já deixaram cair várias concessões rodoviárias, que assim não chegaram a sair do papel.