O governo grego aprovou um projecto de lei que define as regras e prazos para que a venda da participação estatal de 51% no porto do Pireu seja efectuada em Setembro.
A proposta de Atenas para a privatização prevê um contrato de concessão entre o Estado grego e a Autoridade Portuária do Pireu (APP) que prevê o usufruto e exploração dos direitos de superfície (terrenos, edifícios e infra-estruturas) do porto.
A propriedade dos terrenos permanecerá nas mãos do Estado, devendo a APP pagar, a título de renda, 2% da facturação.
A chinesa Cosco é indicada como a mais bem colocada para vencer a concessão. Mas deverá, agora, ter a concorrência dos dinamarqueses da APM Terminals e dos filipinos da ICTSI na “corrida”. A Cosco já opera um dos terminais de contentores do porto do Pireu, sendo o outro ainda operado directamente pela APP. A Cosco está, aliás, a ampliar os cais que opera, num projecto que vai passar a capacidade anual de 3,7 milhões para 6,2 milhões de TEU.
A China está, de resto, a investir fortemente no sector portuário grego, como parte dos 41 mil milhões de dólares (37,4 mil milhões de euros) que está a aplicar no reforço das ligações da “Rota da Seda”, entre a Ásia e o Sudeste da Europa. De acordo com as consultoras Baker & McKenzie e Rhodium, o investimento chinês na Grécia aumentou de dois mil milhões de dólares (1,82 mil milhões de euros) em 2010 para 18 mil milhões (16,4 mil milhões de euros) no ano passado.