Exportadores e importadores, operadores portuários, concessionários agentes de navegação, transitários e comunidade portuária alertam para o “fecho” de Leixões pela greve dos trabalhadores das administrações portuárias.
“Escrevemos na qualidade de trabalhadores, operadores e clientes do Porto de Leixões, alertados e profundamente preocupados com a greve nacional dos funcionários das administrações portuárias que, neste momento, está a bloquear e paralisar a importação e exportação de mercadorias”, lê-se na carta aberta enviada ao Executivo.
O documento é subscrito pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), Associação Comercial do Porto (ACP), Comunidade Portuária de Leixões, Associação de Agentes de Navegação de Portugal (AGEPOR), Associação Nacional de Empresas Concessionárias de Terminais Portuários (ANECAP), Associação dos Transitários de Portugal (APAT) e Associação de Operadores Portuários de Leixões (AOPL).
Segundo as associações, os utilizadores dos portos com maior capacidade estão já a desviar carga para Espanha e outros portos. Contudo, a maioria dos operadores “não tem essa possibilidade”, estando paralisados.
“A situação é particularmente grave no Porto de Leixões, uma vez que as suas características físicas ditam o seu encerramento total, sem que seja possível a entrada ou saída de navios”, apontaram.
As associações sublinham ainda que as administrações portuárias “não têm autonomia” para resolver as reivindicações apresentadas, nomeadamente em matérias remuneratórias, o que dizem só poder ser tratado pela tutela.
A carta aberta foi enviada ao primeiro ministro, ao ministro das FInanças e ao (então ainda) ministro das Infraestruturas.
No documento, as associações lembram ainda que, anualmente, as administrações portuárias distribuem dividendos ao Estado, notando que, de acordo com a lei, as taxas servem para melhorar o serviço portuário.
Assim, consideram ser “dever, obrigação e responsabilidade do Governo a correcta aplicação destas taxas e o bom funcionamento dos portos”.
Para as sete entidades, é “urgente garantir a suspensão” da greve e travar a “sangria económica” que ocorre em todos os portos nacionais.
“Apelamos ao sentido de responsabilidade e dever das partes para que seja imediatamente retomado o diálogo e encontradas soluções”, concluíram.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) convocou uma greve que começou a 22 de Dezembro e se prolonga até 30 de Janeiro e abrange os portos do continente, Madeira e Açores.
Há muitos que os sucessivos desgovermos do PS, Ana Paula Vitorino, Pedro Marques e PNS, não reinvestem os lucros dos portoas em vez disso desviam para outros fins de forma totalmente pouco transparente à semelhanca com estas demissoes no ministerio do ex-ministro PNS !