A greve dos estivadores espanhóis estará a atrasar a conclusão do negócio de venda de parte da Noatum Ports à chinesa Cosco, avança a imprensa do país vizinho.
O negócio entre a JP Morgan e a Cosco foi facilitado pela aprovação da nova lei do trabalho portuário pelo governo de Madrid. Agora, os protestos dos estivadores e a incerteza sobre o desfecho do processo no relativo à flexibilização da mão de obra portuária, estarão a motivar um compasso de espera no fecho da transacção.
Certo é que a JP Morgan, que comprou a então Dragados à ACS (do presidente do Real Madrid), por 740 milhões de euros, em 2010, acordou com a Cosco a venda de parte da empresa, ao que tudo indica a Noatum Ports, que desde Janeiro agrega os terminais do grupo. Desconhecem-se o perímetro e o valor do negócio, mas parece certo que o pagamento será feito em dinheiro e em reforço dos capitais da Noatum.
A Noatum Ports detém, entre outros activos, terminais de contentores em Valência, Las Palmas, Bilbau e Málaga.
A Cosco detém o porto do Pireu e chegou a ser dada como interessada no terceiro terminal de contentores de Algeciras, cujo concurso continua sem chegar a bom porto.
Assim se concretize o negócio, este será mais uma mexida importante no sector marítimo-portuário espanhol, depois da compra da TCB pela APM Terminals e, mais recentemente, do acordo da Hanjin para ficar com o TTI de Algeciras.