O Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal emitiu um novo pré-aviso de greve para o porto de Lisboa, na prática prolongando a paralisação até ao próximo dia 27 de Maio.
Prossegue, sem fim à vista, o braço de ferro entre operadores portuários e estivadores no porto de Lisboa, a propósito das negociações do novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT).
Pela segunda vez no espaço de duas semanas, o sindicato dos estivadores emitiu um pré-aviso de greve, prolongando de novo, e agora por 15 dias, a paralisação no porto da capital.
O prolongamento foi decidido ontem, precisamente quando a paralisação foi agravada também no porto da Figueira da Foz com a recusa à prestação de trabalho suplementar. Até dia 12 de Maio.
A partir do dia 12, e até 27 de Maio, a greve concentrar-se-á de novo em Lisboa, cumprindo-se sempre que foram utilizados nas operações portuárias trabalhadores que não são reconhecidos pelo sindicato, e desde logo os trabalhadores não inscritos na ETP de Lisboa, leia-se, trabalhadores da Porlis. Igualmente não será cumprido trabalho suplementar.
Relativamente aos portos de Setúbal e da Figueira da Foz, a greve só afectará navios que sejam desviados de Lisboa.
Os fundamentos da greve mantêm-se os de sempre, com o sindicato a insistir nas críticas aos operadores portuários relativamente ao processo negocial do novo CCT.
Consequência da greve iniciada no passado dia 20, o porto de Lisboa está paralisado, sucedendo-se os apelos, os alertas e as críticas das associações representativas dos agentes económicos afectados.