As greves contra a alteração do regime de trabalho portuário vão manter-se até dia 28. Aos sindicatos dos estivadores de Aveiro e do Centro e Sul juntam-se de novo, pontualmente, o Oficiaismar.
As paralisações dos trabalhadores portuários acontecerão nos portos de Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa e Setúbal entre as 8 e as 12 horas e entre as 13 e as 17 horas, desde o dia 15 até ao dia 26 inclusive.
Além disso, e esta é uma novidade desta paralisação face aos protestos anteriores, entre o dia 15 e o dia 27 inclusive, os estivadores daqueles portos não prestarão quaisquer serviços a cargas com origem/destino ao porto de Leixões.
Já o Oficiaismar convocou uma greve para vigorar entre as 0 e as 8 horas e as 16 e as 24 horas dos dias 19 e 20 do corrente em todos os portos. Pelo que é possível que nesses dias também seja afectada a actividade nos portos que têm escapado às paralisações dos estivadores, em particular Leixões e Sines.
Na origem das greves dos estivadores continua a alteração do regime de trabalho portuário proposta pelo Governo. O diploma legal deverá ser votado na Assembleia da República no próximo dia 29. Notícias não confirmadas apontam para a realização de uma paralisação de 24 horas precisamente no dia 28.
Pelo Governo, o ministro da Economia defendeu a necessidade de privilegiar o diálogo para a resolução dos diferendos, enquanto o secretário de Estado dos Transportes criticou os sindicatos por insistirem na sucessão de greves.
O recurso à requisição civil para por termo a quase dois meses de greves em portos nacionais parece continuar fora dos planos do Executivo, apesar dos renovados nesse sentido por parte de vários associações empresariais.