Emanuele Grimaldi, líder do Grupo Grimaldi, tornou-se o segundo accionista da Höegh Autoliners. Um investimento pessoal, num contexto de consolidação do sector.
Emanuele Grimaldi pagou 101 milhões de euros por uma posição de 5,2% no capital da companhia norueguesa especializada no transporte de veículos.
O líder do Grupo Grimaldi sublinhou tratar-se de um investimento pessoal, como outros que tem feito no sector (casos da Wallenius Wilhelmsen e da Gram Car Carriers), e afastou o cenário de lançamento de uma OPA sobre a companhia, liderada pela família Höegh, com uma posição de 35,5%.
Facto é que o Grupo Grimaldi tem já uma posição importante no sector, que continua apostado em desenvolver, e o mercado está numa fase de consolidação e crescimento, mormente por força do aumento das exportações de veículos chineses.
O Grupo Grimaldi é o sexto maior operador de car carriers, com uma frota de 55 navios e uma quota de 6,7% em termos de capacidade de transporte (de acordo com o ranking elaborado pela NYK Line). A Höegh Autoliners é sétima, com 36 navios e 6,2% de quota. Juntas seriam terceiras no ranking, só superadas pela Wallenius Wilhelmsen e pela própria NYK Lines.
A companhia norueguesa tem encomendados 12 car carriers de 9 100 veículos, com opção para mais quatro, para serem entregues até 2027, num investimeto de 1,2 mil milhões de dólares.
No ano passado, a Höegh Autoliners realizou um volume de receitas de 1,4 mil milhões de euros (+13,9% em termos homólogos) e atingiu um resultado operacional de 590 milhões (+97,3%).