O Estado poderá assumir o controlo da Groundforce para garantir a continuidade das operações da empresa, essencial à retoma da actividade da TAP.
A Pasogal, de Alfredo Casimiro, corre o risco de perder o controlo da Groundforce, por não ter capacidade para injectar dinheiro na companhia, nem deter as acções que o Governo exige como garantia para adiantar dinheiro e/ou avalizar um empréstimo bancário.
A penhora das acções representativas de 50,1% do capital da Groundforce, que o ministro Pedro Nuno Santos exigiu desde a primeira hora e Alfredo Casimiro sempre rejeitou, afinal não poderá mesmo acontecer, porque os títulos já estarão penhorados como garantia de um outro empréstimo.
A ser assim, a situação complica-se para a Grounforce e para os seus donos privados, uma vez que o Governo não estará disponível, nem para adiantar o dinheiro necessário para pagar os salários, nem para avalizar o empréstimo de 30 milhões de euros que a Groundforce terá negociada com a banca, no âmbito das linhas de apoio Covid.
Mas a Groundforce é essencial para quando a TAP retomar as operações. A transportadora detém 49,9% da operadora de handling e é a sua principal cliente. Além do que já adiantou à sua participada vários milhões de euros.
A partir daqui, a prioridade do Governo será “descobrir” o titular da penhora das acções da Pasogal na Grdounforce e perceber se poderá ser envolvido numa solução para a companhia. Caso tal não se verifique, a nacionalização poderá mesmo ser o caminho, um caminho que o ministro Pedro Nuno Santos disse nãpo desejar, mas que também não enjeitou.