O plano de viabilização da Groundforce prevê a rescisão com cerca de 300 trabalhadores efectivos num prazo de dois anos. A TAP manter-se-á como accionista, pelo menos para já, com uma posição de 49,9% do capital.
“Tendo em vista assegurar que a SPdH (Groundforce) mantém uma estrutura de pessoal adequada às suas necessidades, a empresa irá promover uma redução de trabalhadores efectivos, mediante a cessação de contratos de trabalho por tempo indeterminado, preferencialmente por mútuo acordo, de aproximadamente 300 trabalhadores”, segundo a proposta elaborada pelos administradores de insolvência, a que a “Lusa” teve acesso.
Esta redução “de trabalhadores efectivos mediante a cessação dos contratos de trabalho deverá ocorrer durante um período estimado de dois anos após a data do trânsito em julgado da sentença de homologação do presente plano de insolvência”, sendo que a empresa irá requerer “a declaração de que se encontra numa situação económica difícil”, acrescenta o texto.
O documento deverá ser votado em assembleia de credores no final do mês corrente.
O plano contempla ainda alterações nos Acordos de Empresa, justificadas com “o nível de investimento que é necessário promover na empresa de modo a permitir a renovação das licenças em 2025 e a garantir a manutenção da operação num mercado concorrencial”.
As “medidas de reestruturação de recursos humanos” nomeadamente o “plano de cessação de contratos de trabalho”, a “revisão dos Acordos de Empresa” e “outras medidas operacionais” terão um custo calculado em 9,5 milhões de euros.
A Menzies Aviation prevê um investimento inicial de 12,5 milhões de euros na Groundforce.
O plano de viabilização decorre do acordo firmado para a entrada da Menzies no capital da operadora de handling, com uma posição de 50,1%, ficando os restantes 49,9% na possa da TAP.
De acordo com a proposta dos administradores da insolvência, o capital social da Groundforce será reduzido a zero euros, após o que a Menzies realizará 2,5 milhões de euros de capital, enquanto a TAP converterá em capital parte dos créditos até ao montante de 2,4 milhões de euros.
A TAP pediu a insolvência da Groundforce em 2011. A operasdora de handling tem dívidas reconhecidas de 136,2 milhões de euros. Os maiores credores são a TAP e a ANA, com 15,5 milhões e 12,8 milhões de euros, respectivamente.