Os trabalhadores da Groundforce no aeroporto de Lisboa convocaram nova greve para o próximo dia 31, entre as 9 e as 14 horas, para a realização de uma concentração / manifestação junto à estação de metro do Aeroporto, com posterior marcha para a TAP.
Designada como ‘Marcha dos Recibos’, a iniciativa insere-se na luta dos trabalhadores da SPdH (Groundforce Portugal) contra o que dizem ser “uma postura de desrespeito” da empresa, “consubstanciada no uso e abuso de horários penalizadores para os trabalhadores, na utilização abusiva e ilegal das trocas de horário e na proliferação da precariedade, com centenas de trabalhadores temporários e falsos prestadores de serviços”.
Na base do protesto está ainda o facto de “não haver qualquer actualização salarial desde 2008”.
Os trabalhadores da SPdH já realizaram uma greve de três horas no passado dia 15, para se reunirem em plenário com o objectivo de discutirem formas de contestação à posição da administração da empresa.
Foi então decidida a realização de novas “iniciativas de mobilização e esclarecimento dos trabalhadores”, que consideram que a administração da SPdH “mantém uma postura de desrespeito” e “não mostrou abertura” à proposta de revisão salarial entregue a 2 de Fevereiro pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava).
Contactada pela “Lusa”, fonte oficial da Groundforce Portugal garantiu então que “todos os compromissos assumidos para 2015 estão a ser cumpridos”, referindo a possibilidade de uma negociação salarial que “está em curso”, apesar de não ser prevista.
“Estão em curso reuniões de negociação, sendo que a Groundforce Portugal já apresentou propostas claras aguardando respostas dos diversos sindicatos”, declarou a mesma fonte.
A empresa de handling, detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela Urbanos, rejeitou ainda que “existam constantes trocas de horários”. “Neste momento, no Verão IATA, pico da operação, com normais alterações e irregularidades operacionais, a Groundforce Portugal regista uma taxa de alteração de horários abaixo dos 7% face ao normal cumprimento de horários”, garantiu.