O processo de privatização da Cabenave, estaleiros navais de Cabo Verde, está longe de estar concluído e poderá mesmo não concretizar-se, avança a imprensa local. O Grupo ETE apresentou a melhor proposta.
Aquando da recente comemoração dos seu 80 anos, o grupo português anunciou ter-s qualificado “em primeiro lugar no concurso público internacional para a privatização da Cabnave (…), sendo a próxima etapa a negociação financeira e dos termos finais do contrato de concessão para um período de 30 anos”.
Porém, uma fonte próxima do processo de privatização, citada pelo “Expresso das Ilhas”, disse que apesar de o grupo português ter apresentado a melhor proposta financeira, tal não implica que venha a ser dono da Cabnave, “dado que o Estado, representado pelo governo, tem a prerrogativa de cancelar o concurso e realizar outro”.
“O processo é em tudo idêntico ao da empresa francesa Bolloré, em relação ao processo de privatização dos portos”, realçou uma outra fonte ao mesmo periódico, que adiantou ainda que este (o concurso público internacional) foi apenas o primeiro passo a ser dado.
O processo de venda da Cabnave está a ser encarado pelo governo de Cabo Verde como um processo sensível, à semelhança do que acontece com o da concessão dos portos nacionais, estando actualmente a analisar as propostas que tem sobre a mesa, escreveu ainda o jornal.