O Grupo ETE quer replicar em Cabo Verde o seu modelo de negócios no sector marítimo-portuário. Para isso dispõe-se a investir no transporte internacional, na operação portuária, na construção e reparação naval e no transporte inter-ilhas.
Os projectos foram hoje anunciados por Luís Mira de Oliveira, o administrador do grupo português responsável pelo mercado de Cabo Verde, no âmbito da FIC, a feira internacional do país, a decorrer no Mindelo.
A Transinsular, empresa do grupo, reforçou recentemente a cobertura do arquipélago (nas suas relações com Portugal e o Norte da Europa) com o serviço África Expresso. Mas agora o Grupo ETE vai mais longe e criou a Transinsular Cabo Verde – Transportes Marítimos Insulares de Cabo Verde, Lda., o primeiro armador do país habilitado a operar nos tráfegos internacionais, e que em breve receberá o seu primeiro navio, o Ponta do Sol, que se tornará também o primeiro navio a cumprir os standards internacionais inscrito no registo cabo-verdiano.
O próximo passo, já em marcha, acrescentou Luís Mira de Oliveira, será a constituição da ETE Cabo Verde – Operações Portuárias, Lda, que se propõe “apresentar uma proposta para a gestão dos portos da Praia, Mindelo, Palmeira e Sal Rei, seja em regime de concorrência, consórcio ou com base em outro modelo a definir pelo governo de Cabo Verde”.
Na área da construção/reparação naval, o Grupo ETE mantém-se empenhado e disponível para gerir a Cabnave, empresa pública do sector em Cabo Verde, seja em regime de concessão (o que esteve quase para acontecer, até o actual governo anular o processo), seja noutra modalidade vantajosa para as duas partes.
Last but not the least, o grupo português pretende também operar no transporte marítimo inter-ilhas. A esse propósito, Luís Mira de Oliveira referiu que “queremos firmar um compromisso de longo prazo para a prestação do serviço inter-ilhas. Estamos convictos que o serviço Africa Expresso, prestado pelo nosso armador Transinsular, tem a mais-valia de poder potenciar o inter-ilhas e, consequentemente, impulsionar as trocas comerciais entre as diversas ilhas, beneficiando de soluções economicamente-eficientes, à medida das necessidades de cada cliente, de cada mercado e das suas comunidades”.
“Sentimos que Cabo Verde é um mercado onde podemos acrescentar valor e onde, simultaneamente, o Grupo ETE pode prosseguir o crescimento natural das suas operações core (Portuário, Transporte Marítimo, Logística e Construção e Reparação Naval)”, rematou.