O Grupo Sousa poderá vir a gerir os principais portos de Cabo Verde, depois do governo daquele PALOP ter anulado o concurso que tinha escolhido o grupo Bolloré.
A notícia é avançada pelo “DN” da Madeira, que por sua vez cita notícias a circular no arquipélago africano. O Grupo Sousa, que, entre outros negócios, controla as operações portuárias na Madeira e detém a EN Madeirense, a Box Lines e a Portline Containers International, terá apresentado ao governo de Cabo Verde uma proposta integrada de desenvolvimento das actividades marítimo-portuárias no país que terá sido bem acolhido pelas autoridades da Praia.
A proposta contemplará, para além das operações portuárias nos principais portos do arquipélago, o desenvolvimento do transporte de cabotagem e do transporte internacional regional, além de actividades logísticas. Na prática, um conceito que se encaixa bem na recentemente anunciada intenção do governo local de avançar para a criação de uma Zona Económica Especial para as actividades marítimas.
Há dias, o governo de Cabo Verde anulou o concurso para a subconcessão de alguns dos principais portos do país, justificando-o com a mudança das opções estratégicas para o sector. O grupo Bolloré era o único candidato, depois de o Grupo ETE, convidado a concorrer, ter optado, em tempo, por não apresentar uma proposta vinculativa.
PCI reforça em Cabo Verde
A Portline Containers International (PCI) reforçou recentemente a sua actividade no mercado de Cabo Verde com o arranque de uma linha regular semanal entre o porto de Las Palmas e as ilhas do Sal e da Boavista.
O serviço é operado pelo “Christina”, com capacidade para transportar 230 TEU cheios a 14 toneladas, e assegura o transbordo de cargas provenientes da Ásia e do Norte da Europa (e também de Portugal) entre o hub das Canárias e o arquipélago caboverdiano, onde a procura é crescente (muito por culpa do desenvolvimento turístico).
Este novo serviço junta-se ao que a PCI já explora entre Portugal (com extensão ao Norte da Europa), Cabo Verde e Guiné-Bissau.