As autoridades de Guipuzcoa, no País Basco, já instalaram pórticos em Echegarate, Andoáin e Irún para, a partir de Janeiro, cobrarem portagens aos veículos de mercadorias com mais de 3,5 toneladas. Este mês começam os primeiros testes, mas os preços ainda não são conhecidos.
O site da Bidegi já tem, ainda assim, uma secção com as informações relacionadas com as portagens. Os camiões que transitem pela N-1 (Autovía Madrid-Irún) e pela A-15 (Autovía de Navarra e Guipuzcoa) terão de pagar portagens. O pagamento será feito, como acontece nas ex-Scut portuguesas, de forma electrónica através de um sistema de pórticos que assinalam as passagens dos veículos.
O sistema permitirá o uso da Vía T – dispositivo semelhante à portuguesa Via Verde – que permite o pagamento nas restantes auto-estradas de Espanha.
Os transportadores que não tenham identificador Vía T nos seus veículos devem registar-se num prazo máximo de 24 horas a partir da passagem pelos pórticos no sistema desenvolvido pelas autoridades locais de Guipuzcoa, já que os pórticos gravam as placas dos veículos que passam sob eles. Caso esse prazo de um dia seja ultrapassado, a portagem terá uma sobretaxa de 20%.
“Se depois de dois meses não tiverem procedido ao pagamento, o Conselho da Província iniciará um procedimento de sanção, com uma multa entre 150 e 1 999 euros, e tentará cobrar de forma coerciva”, explicam desde a Fenadismer.
Esta federação espanhola prevê que um total de 6 000 transportadores será afectado todos os dias pelas portagens em Guipuzcoa. Muitos serão portugueses, dado que essa é a “porta” preferencial do transporte rodoviário nacional para entrar em França.