No final de 2012, contavam-se em Portugal 7 004 empresas de transporte rodoviário de mercadorias por conta de outrem. No final de 2005, o “melhor” ano da década, eram 9 682.
Os dados são do IMT e dizem bem da sangria que o sector sofreu nos últimos anos, por causa da crise e das características do tecido empresarial. Certamente não por acaso, onde a redução do número de empresas foi maior foi nas de pequena e muito pequena dimensão.
Se no final de 2005 havia 4 349 empresas com 1-2 pesados de mercadorias, 2 174 com 3-4 e 1 964 com 5-9, no final de 2012 contavam-se “apenas” 2 846, 1 608 e 1 419 nas mesmas categorias de grandeza.
Ao invés, aumentou o número de empresas de maior dimensão: de 72 para 74, no caso das companhias com 50 a 99 camiões, e de 40 para 52 no caso das empresas com mais 100 veículos pesados.
Ainda assim, o sector permanece atomizado. Os dados do IMT relativos a 2012 dão conta da existência de 47 328 camiões, o que significa uma média de 6,8 veículos/empresa. Sendo que mais de 40% das empresas (as tais 2 846) operam com apenas 1-2 veículos.
A média geral só não é pior porque as 52 empresas de maior dimensão (mais de 100 veículos) concentram um parque de quase 10 500 viaturas (cerca de 22% do parque total). Destacam-se as 19 empresas com 200 ou mais veículos, sendo que a média aí é de 339,8 veículos / empresa.
Sem surpresa também, as empresas mais pequenas são, em regra, as que operam com as frotas mais envelhecidas: 11,1 anos de média no caso dos operadores com 1-2 veículos, 10,6 anos nos casos de 3-4 veículos e 10 anos nos casos de 5-9 veículos. É no primeiro escalão que se encontram ainda camiões com mais de 30 anos de estrada!
Ao invés, as empresas de maior dimensão têm as frotas mais jovens: 5,3 anos de média para as 19 empresas com mais de 200 pesados e 6,5 anos para as 33 com mais de 100 e menos de 200 camiões.