Um dia depois de ter selado o seu futuro, com o acordo entre a Tui e o consórcio Albert Ballin, a Hapag-Lloyd anunciou os resultados preliminares de 2011, com um ganho operacional de 100 milhões de euros.
Ao abrigo do acordo, a Tui reduzirá a sua posição no capital da Hapag-Lloyd, de 38,4% para 22%, vendendo os 16,4% ao consórcio Albert Ballin, por 475 milhões de euros. Os restantes 22% poderão ser vendidos em Bolsa, a partir de Junho, através de uma IPO, ou mesmo a terceiros.
Com este acordo, a Tui encaixa uma soma considerável (acrescida do pagamento de um empréstimo feito à Hapag-Lloyd) e facilita ao consórcio Albert Ballin o reforço da posição na companhia lhe impôr um investimento insuportável.
O consórcio Albert Ballin é liderado pela cidade de Hamburgo e por Klaus-Michael Kuhne, que aumentará a sua posição indirecta na Hapag-Lloyd, de 24,6% para 28,2%.
Entretanto, a Hapag-Lloyd divulgou hoje os resultados preliminares do exercício de 2011, onde avultam os lucros operacionais de 100 milhões de euros (não foi divulgado o valor homólogo de 2010).
No ano passado, o armador alemão transportou 5,2 milhões de TEU (mais 5,1% em termos homólogos), a uma tarifa média de 1 532 dólares/TEU (1 569 dólares em 2010).
O volume de receitas atingiu os 6,1 mil milhões de euros, contra os 6,2 mil milhões de 2010. A variação foi atribuída a flutuações cambiais.
A Hapag-Lloyd agendou para 22 de Março a apresentação dos resultados auditados de 2011.