A Hapag-Lloyd vai implementar um programa de reestruturação da dívida que poderá ser o primeiro passo para a venda da posição do grupo turístico Tui.
A companhia, n.º 6 mundial no transporte marítimo de contentores, começou por pedir o cancelamento da garantia estatal do financiamento de 1,2 mil milhões de euros contratado em Outubro do ano passado.
O refinanciamento da dívida será feito mediante a emissão de obrigações no montante de cerca de 500 milhões de euros, com uma maturidade máxima de sete anos, e com a contratação de um novo crédito “revolving”.
A Hapag-Lloyd propõe-se pagar já ao grupo Tui 65 milhões de euros de juros e antecipar o pagamento de outros 227 milhões de euros.
O grupo Tui detém actualmente 43,3% do capital da Hapag-Lloyd e até ao final do ano aumentará a sua posição para os 49,8%, por conversão de um outro empréstimo de 350 milhões de euros.
Todavia, o operador turístico poderá a qualquer momento vender as suas acções a terceiros. E mantém a intenção de abandonar o negócio do shipping. No que poderá ser ajudado pela recuperação do sector e dos resultados da Hapag-Lloyd.
A companhia germânica esteve á beira da ruptura no ano passado, quando acumulou perdas de perto de 800 milhões de euros, mas no segundo trimestre deste ano já alcançou lucros operacionais de 190 milhões de euros.
A maioria do capital da Hapag-Lloyd está nas mãos do consórcio Albert Ballin, formado pelo governo de Hemburgo e por investidores locais.