A Hapag-Lloyd e a CSAV deram mais um passo nas negociações tendentes a uma possível fusão. O memorando de entendimento (MoU) assinado permite passar à fase da análise dos “livros” das duas companhias. O contrato formal fica para mais tarde.
Afinal, não foi preciso esperar pelo final do mês para a Hapag-Lloyd e a CSAV chegarem a um princípio de acordo sobre a fusão das respectivas operações. Ao princípio da noite de ontem, as duas companhias anunciaram ao mercado a assinatura de um MoU.
Segue-se a fase de “due diligence”, isto é, de análise das contas de cada uma das operadoras para determinar o seu real valor e, em caso de sucesso das negociações, definir os termos da participação de cada uma na nova entidade saída da fusão.
No comunicado emitido, Hapag-Lloyd e CSAV sublinham que não há ainda nenhum acordo vinculativo e não adiantam qualquer data para o termo das negociações, que se iniciaram em Dezembro, em Miami.
Os analistas do mercado estimam que a Hapag-Lloyd deterá 70% da nova companhia, enquanto a CSAV ficará com os restantes 30%. Nesse cenário, Klaus-Michael Kuehne, o maior accionista individual da operadora germânica, e a família Luksic, maior investidora da companhia sul-americana, ficarão com posições próximas, cerca dos 15-20%.
A Hapag-Lloyd é quarta no ranking mundial de transporte marítimo de contentores, com uma quota de 4,5% em termos de capacidade. A CSAV é vigésima, com 1,5%. Juntas, serão a quarta maior operadora, com 6% (a CMA CGM, terceira, controla 8,5% da capacidade mundial) e um volume de negócios agregado de 13 mil milhões de dólares.