A Hapag-Lloyd venceu o primeiro concurso promovido pela ZEMBA – associação de grandes carregadores – para o transporte “limpo” de cerca de 400 mil TEU em dois anos.
A ZEMBA agrega grandes clientes globais como a Amazon, Ikea, Nike, Philips e outros. O concurso para a compra de serviços de transporte marítimo “limpos” foi lançado em Setembro do ano passado. A Hapag-Lloyd foi agora declarada vencedora.
Em causa está a realização de transportes de mil milhões de TEU-milhas, entre Singapura e Roterdão, entre 2025 e 2026, com uma redução de pelo menos 90% das emissões de GEE (considerando todo o ciclo de vida dos combustíveis).
“Estamos orgulhosos de termos sido selecionados pela ZEMBA para esta importante iniciativa de transporte marítimo com emissões zero e de sermos capazes de fornecer reduções imediatas de emissões aos membros da ZEMBA”, comentou Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd, citado em comunicado.
Do lado comprador estarão mais de uma dúzia de membros fundadores da ZEMBA, casos da Amazon, Patagonia, Tchibo, Bauhaus, Brooks Running, DB Journey, Green Worldwide Shipping, lululemon, Meta, New Balance, Nike, REI Co-op e Sport-Thieme.
O concurso foi preparado com a colaboração de reconhecidos parceiros independentes, entre os quais o Lloyd’s Register.
E o cumprimento do contrato será monitorizado, para corrigir eventuais deficiências e para recolher ensinamentos para os envolvidos e para “apoiar o desenvolvimento pela Organização Marítima Internacional de directrizes robustas de avaliação do ciclo de vida e medidas de médio prazo que sejam credíveis, transparentes, verificáveis e criar condições equitativas para os líderes climáticos em toda a cadeia de valor”.
A ZEMBA estima que ao longo do contrato sejam evitadas pelo menos 82 mil toneladas de CO2 equivalentes.
O prazo inicial previsto para a vigência do contrato era de três anos, mas foi encurtado para dois, para melhor se adaptar à evolução esperada das soluções de descarbonização do transporte marítimo.
Ainda este ano deverá ser lançado um segundo concurso, esse mais focado no apoio a e-combustíveis e tecnologias de origem não biológica, que se prevê estejam disponíveis a partir de 2027.