Menos volumes, fretes mais baixos e custos em alta penalizaram os resultados do primeiro trimestre da Hapag-Lloyd, reduzindo a menos de metade os lucros de há um ano.
E, todavia, a Hapag-Lloyd até resistiu bem a um mercado em quebra, tendo perdido apenas 4,1% dos volumes transportados, em termos homólogos, com um total de 2,8 milhões de TEU.
Pior foi a redução do valor médio dos fretes, de 2 774 dólares/TEU no primeiro trimestre de 2022 para 1 999 dólares agora. Com isso, as receitas caíram para seis mil milhões de dólares (menos 2,96 mil milhões).
Com os custos pressionados pela inflação e não só, o EBITDA caiu para 2,4 mil milhões de dólares, com a margem a reduzir-se de 53% para 31% apenas.
O EBIT também recuou, de 4,9 para 1,9 mil milhões de dólares e os lucros ficaram-se pelos dois mil milhões de dólares (4,7 mil milhões há um ano).
Para o final do ano, a Hapag-Lloyd mantém, para já, as previsões de um EBITDA entre 4,3 e 6,5 mil milhões de dólares e um EBIT entre os 2,1 e os 4,3 mil milhões. Mas avisa que a guerra na Ucrânia, outras incertezas geopolíticas e as pressões inflacionistas representam riscos.
No ano passado, recorde-se, a companhia germânica atingiu um EBITDA de 20,5 mil milhões de dólares e um EBIT de 18,5 mil milhões.