A Hapag-Lloyd prevê lucrar em 2023 até menos 80% do que o alcançado em 2022, anunciou a companhia germânica.
Depois de, no ano do 175.º aniversário, ter recebido como prenda resultados absolutamente excepcionais, a Hapag-Lloyd prevê para este ano reduzir drasticamente os lucros, por causa da alteração da conjuntura.
Na apresentação dos números finais de 2022, a companhia germânica antecipou para 2023 um EBITDA entre os 4,3 e os 6,5 mil milhões de dólares e um EBIT entre os 2,1 e os 4,3 mil milhões de dólares. Mas avisou que tal projecção está sujeita a grande incerteza, dada a continuação da guerra na Ucrânia e de outros conflitos geopolíticos e o impacto da inflação elevada.
As previsões para 2023 contratam com os resultados de 2022, ano em que a Hapag-Lloyd atingiu um EBITDA de 20,5 mil milhões de dólares (12,8 mil milhões em 2021), um EBIT de 18,5 mil milhões (11,1 mil milhões) e resultados líquidos consolidados de 18 mil milhões de dólares (dos quais, cerca de 11 mil milhões serão passados para os accionistas, sob a forma de dividendos).
Em 2022, as receitas atingiram os 36,4 mil milhões de dólares (26,4 mil milhões em 2021), suportados pelo aumento do frete médio (de 2 003 dólares/TEU em 2021 para 2 863 dólares/TEU no ano findo), uma vez que os volumes transportados até deslizaram marginalmente (de 11,9 milhões para 11,8 milhões).