O aumento dos volumes transportados não foi bastante para evitar o regresso da Hapag-Lloyd às perdas no primeiro trimestre de 2016.
Entre Janeiro e Março, a Hapag-Lloyd transportou 1,81 milhões de TEU, mais 2,1% do que os 1,77 milhões de TEU registados um ano antes. Mas o preço médio dos fretes fechou o primeiro trimestre deste ano em 1 067 dólares/TEU, contra 1 331 dólares nos primeiros três meses de 2015.
Em consequência, as receitas caíram 16,1% face ao período homólogo do ano passado, de 2,3 mil milhões para 1,93 mil milhões de euros.
O EBITDA foi de 123,4 milhões de euros (283,6 milhões há um ano), o EBIT caiu para 4,8 milhões de euros (174,3 em 2015) e o resultado líquido foi negativo em 42,8 milhões de euros (contra os lucros de 128,2 milhões de euros um ano antes).
Em comunicado, a companhia salienta que os efeitos da conjuntura negativa foram compensados, em parte, pelas medidas de eficiência e cortes de custos inseridas no programa OCTAVE, lançado em 2015.
“Neste primeiro trimestre sazonalmente fraco, registámos um resultado aceitável, com um pequeno lucro operacional e uma margem de EBITDA de 6,4%. Isto foi possível em boa parte devido aos efeitos de sinergias que foi possível conseguir em resultado da fusão com a CSAV e às melhorias na nossa base de custos sob o programa OCTAVE”, refere, citado pela assessoria de imprensa, o CEO da Hapag-Lloyd, Rolf Habben Jansen.
A empresa quantifica em 600 milhões de dólares (530 milhões de euros) a poupança combinada e anuncia já a implementação de um programa OCTAVE 2 no presente ano fiscal. A companhia de Hamburgo continua a prever um crescimento moderados nos indicadores financeiros na totalidade do ano.
A Hapag-LLoyd está em negociações com a UASC para uma possível fusão (na prática, a acontecer, será uma absorção da UASC pela Hapag-Lloyd) e integra a The Alliance, anunciada no final da semana passada.