A HMM anunciou uma quebra de 90% nos lucros, em resultado da normalização dos fretes. E não prevê melhorias no futuro próximo.
A reprivatização (ainda que parcial) da HMM poderá ter ficado comprometida, pelo menos no futuro próximo, depois de a companhia sul-coreana ter comunicado hoje uma forte dos resultados trimestrais.
A normalização do mercado de transporte marítimo de contentores, com o nível dos fretes a regressar ao pré-Covid, é apontada como a principal justificação para a quebra dos resultados.
O volume de receitas caiu 58%, para 1,6 mil milhões de dólares. Mas o resultado líquido caiu para 91%, para 210 milhões de dólares (foram 1,3 mil milhões no período homólogo de 2022).. A margem operacional fixou-se nos 14,7%, que os responsáveis da companhia dizem ser das melhores do mercado.
As perspectivas para o futuro próximo não são optimistas, com a HMM a prever a manutenção de uma procura em baixa e dos preços da energia em alta (desde logo, por causa da guerra na Ucrânia).
Por isso, a companhia sul-coreana propõe-se avançar com novas medidas de redução de custos e de aumento da eficiência operacional.
No ano passado a HMM aumentou os lucros em 89%. Já este ano, a companhia encomendou nove porta-contentores a metanol.
Salva da bancarrota há cerca de sete anos, a HMM é detida maioritariamente pelo governo de Seul.