
Apesar dos resultados de 2023 e do fracasso da privatização, a HMM mantém os planos de expansão prevendo ultrapassar o milhão de TEU de capacidade.
A HMM recebeu esta semana o HMM Garnet, o primeiro de seis porta-contentores de 13 600 TEU encomendados pela companhia sukl-coreana.
Ao longo do ano, além dos navios de 13 600 TEU, a HMM prevê receber 12 navios de 12 300 TEU, e com isso superar o milhão de TEU de capacidade de transporte, anunciou na apresentação dos resultados do quarto trimestre.
A HMM, oitava no ranking mundial da Alphaliner, conta uma frota de 71 navios, com uma capacidade agregada de 797 mil TEU, e tem encomendados 25, num total de 251 mil TEU.
A companhia sul-coreana fechou o ano de 2023 com um volume de negócios de 6,3 mil milhões de dólares, um resultado operacional de 440 milhões e um resultado líquidos de 750 milhões.
Estes números comparam com os resultados excepcionais de 2022, quando o volume de negócios foi de 14,6 mil milhões de dólares, e o resultado operacional e o resultado líquido tocaram os 7,8 mil milhões.
A justificar a quebra está, desde logo, a baixa dos fretes. Sendo que a companhia não divulgou os volumes transportados.
No quarto trimestre, apesar da degradação da conjuntura, e apesar da redução de 41% no volume de receitas, o resultado líquido ainda foi positivo em 230 milhões de dólares.
Sobre 2024, a HMM fala em incerteza e volatilidade, citando as disrupções no Mar Vermelho e as limitações no trânsito pelo Canal do Panamá.
A privatização da maioria do capital da HMM fracassou no início do mês, depois de o Grupo Harim não ter conseguido cumprir com os requisitos impostos pelas autoridades de Seul.
Agora, a venda será mais difícil, antecipam os analistas, quer pela degradação dos resultados, quer pelas alterações na THE Alliance (que a HMM integra) com a saída anunciada da Hapag-Lloyd.