A IAG Cargo atingiu receitas recorde no ano passado, apesar da quebra de 35% nos volumes transportados, anunciou a holding da British Airways, Iberia e Aer Lingus.
De acordo com os resultados anuais agora divulgados, a IAG Cargo atingiu, em 2020 um volume de receitas de 1 306 milhões de euros, 18,5% do realizado em 2019 (que, todavia, foi um ano de quebra) e um recorde desde que a holding integrou a Aer Lingus, em 2015.
A British Airways contribuiu para o total com 994 milhões de euros (a subir 23,5% em termos homólogos), a Iberia com 224 milhões (+13,8%) e a Aer Lingus com 88 milhões (+63%).
No entanto, fruto da pandemia e do confinamento da economia, os volumes transportados decaíram 34,9%, para 444 mil toneladas. E as toneladas-km recuaram ainda mais: 39,1%, para 3 339 milhões.
Valeu o aumento das tarifas, até por força da escassez de capacidade, com a maioria dos aviões de passageiros imobilizados. E valeu também a conversão em “cargueiros” de cinco aviões, com os quais as companhias da IAG realizaram mais de mil voos charter.
A rendibilidade do negócio da carga no grupo cresceu, assim, 94,6%, em termos homólogos.
Os bons resultados da carga não evitaram, porém, as perdas da IAG, que atingiram os 6 923 milhões de euros, em contraste com os lucros de 1 715 milhões do exercício anterior.