A IATA reviu em alta a previsão dos lucros das companhias aéreas em 2012, mas agravou a estimativa das perdas para as operadoras europeias, que serão as mais castigadas pela crise.
Este ano, a indústria mundial do transporte aéreo deverá atingir lucros de 4,1 mil milhões de dólares. A nova estimativa representa uma melhoria de 1,1 mil milhões de dólares face à previsão de Junho passado mas fica ainda muito longe dos 8,4 mil milhões de lucros registados em 2011.
A IATA sublinha que ainda há poucos anos seria impensável as companhias aéreas obterem lucros com o preço do petróleo acima nos 110 dólares/barril. Em 2012 deverão consegui-lo, mas as margens líquidas quedar-se-ão pelos 0,6%, muito longe dos 1,4% de há um ano.
Ao arrepio da tendência global de melhoria, a IATA agravou a previsão de perdas para as companhias europeias em mais 100 milhões, agora para os 1,2 mil milhões de dólares. É o pior resultando mundial.
As companhias norte-americanas lucrarão 1,9 milhões de dólares (mais 500 milhões que a estimativa de Junho); a Ásia-Pacífico ganhará 2,3 mil milhões (mais 300 milhões); o Médio Oriente acumulará 700 milhões de dólares (mais 300 milhões); a América Latina 400 milhões e até África deverá atingir o break-even.
Para o final do ano, a IATA estima agora uma contracção de 0,4% na carga aérea (pior que os 0,3% negativos previstos em Junho) e uma quebra de dois pontos percentuais nos yields. Nos passageiros, a procura deverá crescer 5,3%.
Em 2013, os lucros da indústria do transporte aéreo continuarão a subir, antevê a IATA, até aos 7,5 mil milhões de dólares. Mas as companhias europeias deverão permanecer no vermelho. Serão as únicas.