A IATA reviu em alta as previsões de Setembro para os resultados da indústria do transporte aéreo em 2013 e 2014. As companhias aéreas terão um bom comportamento nos lucros mas com margens reduzidas.
Agora, a IATA prevê já para este ano um resultado líquido global para o sector na casa dos 12,9 mil milhões de dólares (11,7 mil milhões em Setembro), que subirá para os 19,7 mil milhões em 2014 (16,4 mil milhões).
A confirmarem-se os números, no próximo ano o sector fixará um novo recorde de lucros, superando os 19,2 mil milhões atingidos em 2010. Mas a IATA avisa contra euforias lembrando uma pequena/grande diferença: em 2010, o volume de negócios global foi de 575 mil milhões de dólares, e em 2014 deverá atingir os 743 mil milhões.
As margens continuarão, por isso, com as margens operacionais sob forte pressão. A IATA antecipa para o ano em curso um yield de 1,8% (foi de 1,1% em 2012), e para 2014 uma margem de 2,6%.
A justificar a melhoria na previsão dos lucros do sector (7,4 mil milhões de dólares em 2012), a IATA elenca a baixa relativa do preço do combustível, o crescimento da actividade (em particular na área dos passageiros) e o continuado esforço de redução de custos das companhias.
A carga pouco ajudará ao desempenho do sector, com um crescimento marginal nos volumes (51,6 milhões de toneladas em 2013; 52,5 milhões em 2014) e a estagnação nas receitas na casa dos 60 mil milhões de dólares.
As companhias aéreas europeias terão, segundo a IATA, um dos melhores desempenhos do sector no relativo aos lucros. A previsão é agora que atinjam os 1,7 mil milhões de dólares de ganhos este ano e 3,2 mil milhões no próximo. Porém, as margens serão das mais pobres, ao nível das companhias africanas: 1,3% em 2013 e 2% em 2014.
As campeãs dos lucros serão as operadoras norte-americanas, com ganhos de 5,8 mil milhões de dólares no ano corrente, e de 6,4 mil milhões no próximo. Também será seu o melhor EBIT: 4,8% em 2013 e 6,4% em 2014.
As companhias da Ásia-Pacífico ainda experimentarão este ano uma redução dos lucros, para os 3,2 mil milhões de dólares, mas em 2014 crescerão para os 4,1 mil milhões (margens de 4,1% e 4,4%, respectivamente).
No Médio Oriente, os resultados líquidos serão de 1,6 mil milhões e de 2,4 mil milhões de dólares, em 2013 e 2014, com o EBIT do sector na região a situar-se nos 3,8% e 4,7%. Na América Latina, o EBIT será de 3,1% e 5,1%, com os lucros a situarem-se nos 700 milhões e nos 1,5 mil milhões de dólares, este ano e no próximo.