O mercado mundial de carga aérea retraiu-se menos em Março que nos meses anteriores, mas caiu para terreno negativo face ao mês homólogo de 2019.
Em Março completou-.se um ano de quebras sucessivas na procura de carga aérea a nível global, referiu a IATA. A boa notícia é que em Março a quebra foi de apenas -7,7%, quando em Fevereiro foi de -9,4%, em Janeiro de -16,8% e em Dezembro do ano passado de -15,6%, salienta.
O mercado norte-americano, que durante muito tempo foi o “motor” da actividade, registou agora a pior performance, com um recuo de procura de -9,4%.
Com todas as regiões no vermelho, a Ásia-Pacífico cedeu -7,3% e a Europa -7,8%. Sendo que a Europa teve a melhor evolução face a Fevereiro (quando afundou -15,9%).
Do lado da oferta, Março saldou-se num crescimento homólogo de 9,9% em toneladas-km disponíveis, com destaque para a Ásia-Pacífico, onde se verificou um salto de 23,6% (8,8% na Europa, 0,4% na América do Norte).
Com isso, a taxa de ocupação baixou para 46,2% em termos gerais, com as companhias europeias a conseguirem o melhor rácio, nos 57% (48,5% na Ásia-Pacífico, 39,3% na América do Norte).
Willie Walsh, dirctor-geral da IATA, fala num primeiro trimestre de grande volatilidade, com a procura a cair abaixo do pré-Covid e com a maioria dos indicadores da procura em baixa.
Mas nem tudo foi mau, diz, lembrando que os yields permaneceram num nível elevado e que, ao invés, o preço do combustível até baixou.
Para o futuro, Willie Walsh vê alguns sinais para optimismo, com a redução da inflação e o aligeirar das medidas de arrefecimento das economias a deverem animar a procura de carga aérea.