Apesar das disrupções no comércio mundial, o mercado da carga aérea registou em Maio mais um mês de subida, em termos homólogos, de acordo com a IATA.
Em Maio, a procura global de carga aérea, medida em toneladas-km, cresceu 2% (3% nas operações internacionais), enquanto a oferta de capacidade apenas aumentou 2% (2,6% nas ligações internacionais). Com isso, o load factor melhorou para 44,5%.
As companhias da Ásia-Pacífico tiveram os melhores resultados de Maio, com um aumento da procura de 8,3%, enquanto as operadoras norte-americanas tiveram os piores, com uma quebra homóloga de 5,8%.
Pelo meio, a Europa cresceu 1,6%, o Médio Oriente 3,6%, a América Latina 2,1% e África 2,1%.
Sem surpresa, os fluxos de carga aérea entre a Ásia e a América do Norte caíram 10,7% em Maio, em termos homólogos, passado que foi o efeito da antecipação das remessas (para “fugir” às tarifas de Donald Trump), e em consequência do fim do regime de minimis que beneficiava o e-commerce.
Ao invés, a rota Europa-Ásia cresceu 13,4% (e já vão 27 meses consecutivos de ganhos) e a rota Europa-América do Norte subiu 8,2% (16 meses de ganhos), entre outros.
No acumulado dos primeiros cinco meses de 2025, os volumes de carga aérea cresceram 3,2% (8,2% na Ásia-Pacífico, 2,5% na Europa, 1,2% na América do Norte, -3,6% no Médio Oriente, +7,1% na América Latina e -4,1% em África).
No mesmo período, a taxa de ocupação da capacidade foi de 45,2%, com a Europa a liderar, com 55%.