O mercado mundial de carga aérea voltou a crescer em Outubro, segundo a IATA. A subida homóloga foi de 5,9%, com a capacidade a aumentar bastante menos (3,7%). Foi o 15.º mês consecutivo em que a procura subiu mais do que a capacidade.
O crescimento do mercado em Outubro foi, porém, mais lento do que nos últimos meses e dos que os 9,2% de Setembro. Superou, ainda assim, indicam desde a IATA, a média de 3,2% registada ao longo da última década.
A indústria parece ter passado o pico cíclico. O índice de rotação dos stocks nos EUA mostra agora uma tendência lateral e o índice de Gestores de Compras (PMI, sigla inglesa), que mede as intenções de negócios internacionais, está estável, segundo a IATA.
A associação prevê que os volumes de carga aérea continuem a crescer em 2018, embora a um ritmo mais lento do que em 2017.
“A procura de transporte aéreo cresceu 5,9% em Outubro. Dada a moderação dos volumes de carga no quarto trimestre, a indústria deve oferecer o melhor desempenho operacional e financeiro desde a recuperação da crise financeira em 2010”, indica, em comunicado, o CEO da IATA, Alexandre de Juniac.
Crescimento em todas as regiões
Todos os mercados regionais tiveram um mês de Outubro de crescimento face ao mês homólogo de 2016, de acordo com a IATA. Não obstante, com excepção para África, todas abrandaram o ritmo da subida.
África foi, com efeito, a região mundial que mais cresceu face a Outubro de 2016 em termos percentuais. A procura dos serviços de transporte aéreo de mercadorias cresceu naquele continente 30,3% no período em análise. A capacidade aumentou 9,2%.
A Europa registou, no mês em análise, uma subida de 6,4% na procura e de 2,5% na capacidade disponível. A Ásia-Pacífico registou um aumento de 4,4% na procura e de 3,9% na capacidade. No Médio Oriente, a procura cresceu 4,6% e a capacidade aumentou 3,4%.
As companhias aéreas da América do Norte registaram um crescimento de 6,6% nos volumes, contra uma subida de 3,8% na oferta. Na América Latina, a procura aumentou em Outubro último 7,2%, ante uma subida de 4,4% da capacidade.