As receitas da carga aérea deverão atingir este ano 117,7 mil milhões de dólares, 15% acima do verificado em 2019, prevê a IATA.
O aumento das receitas da carga aérea acontecerá apesar da quebra esperada nos volumes, de 11,6%, para 54,2 milhões de toneladas, acrescenta a IATA.
A subida das receitas resulta do aumento das tarifas médias, em consequência da quebra abrupta da capacidade disponível, com a maioria dos aviões de passageiros imobilizados por causa da Covid-19.
Na inversa, as receitas dos passageiros deverão cair 69% no ano corrente, para 191 mil milhões de dólares, em resultado de uma quebra do número de viajantes, de 4,5 mil milhões, em 2019, para 1,8 mil milhões, agora, antecipa a IATA.
E assim, bem se pode dizer que nunca a carga aérea pesou tanto nas contas das companhias. Mas infelizmente não o suficiente para fazer face aos custos globais.
Prejuízos disparam
A IATA reviu em alta as estimativas das perdas globais das companhias aéreas no exercício corrente e no próximo para a casa dos 157 mil mil milhões de dólares.
Em Junho, a associação previra prejuízos de 100 mil milhões de dólares para o acumulado de 2020 e 2021. Agora estima que só este ano as perdas chegarão aos 118,5 mil milhões de dólares, a que que somarão 38,7 mil milhões em 2021.
As contas da IATA consideram o agravamento da situação no ano corrente, por causa da segunda vaga da Covid-19, e também uma melhoria a partir de meados de 2021, com o aumento da testagem e a disseminação das vacinas.
Até ao momento as companhias aéreas já terão recebido ajudas de 173 mil milhões de dólares o que, se evitou muitas falências imediatas, deixa as operadoras a braços com enormes dívidas, a que muitas não sobreviverão, avisa a associação do sector.