Pela primeira vez desde meados de 2023, o mercado mundial de carga aérea registou em Fevereiro um pequeno recuo.
Em Fevereiro, a procura de carga aérea cedeu 0,1%, em termos homólogos, anunciou a IATA. Mas parte da perda poderá ser explicada pelo facto de Fevereiro de 2024 ter tido mais um dia, e também pelo efeito do Ano Novo chinês, explicou, em comunicado, a associação das companhias aéreas.
A oferta de capacidade, medida de toneladas-km disponíveis, decresceu 0,4%, acrescentou a IATA.
As companhias aéreas europeias registaram em Fevereiro quebras homólogas de 0,1% na procura e de 0,2% na oferta de capacidade. Já as operadoras da Ásia-Pacífico cresceram 5,1% na procura e 2,7% na oferta.
Se o deslize de Fevereiro pode ser explicado, isso não evita as preocupações do sector da carga aérea. “As crescentes tensões comerciais são, obviamente, uma preocupação para a carga aérea. Com os mercados bolsistas a mostrarem já o seu desconforto, pedimos aos governos que se concentrem no diálogo sobre tarifas”, comentou Willie Walsh, director-geral da IATA, citado no comunicado.
Em Fevereiro, o tráfego entre a Europa e a Ásia ainda cresceu 4,7% (somando 24 meses consecutivos de aumento) e o América do Norte – Europa aumentou 4,5% (13 meses a subir). Mas no Médio Oriente – Europa a quebra foi de 14,1% e no Ásia – América do Norte a variação foi de apenas +0,1%.