A carga aérea mundial terá um final de ano duplamente desafiante, com o aumento da procura próprio da época e o arranque da distribuição das vacinas da Covid-19.
Com a maioria dos aviões de passageiros no chão, a carga aérea terá acrescidas dificuldades para responder ao aumento da procura, avisa o CEO da IATA, na apresentação dos resultados de Outubro.
O final do ano é sempre uma época alta, mais ainda agora com os consumidores a optarem pelo e-commerce (dependente a 80% da via aérea). A situação torna-se ainda mais crítica com a procura de espaço para a distribuição das vacinas, refere Alexandre de Juniac.
Em Outubro, o mercado mundial de carga aérea continuou a recuperar, mas a um ritmo mais lento que em Setembro, anunciou a IATA.
Em Outubro, a procura de carga aérea caiu 6,2% em termos homólogos, enquanto a oferta de capacidade recuou 22,5% face a Outubro de 2019.
Na comparação com Setembro, a quebra homóloga continuou a diminuir (6,2% contra 7,8%), mas o crescimento mês a mês baixou para 4,1%.
No acumulado dos dez meses do ano, a quebra nos volumes transportados é de 12,4%, enquanto a capacidade disponível recua 24,5%. O load factor sobe, assim, para 53,9%.
Do lado da procura, a Ásia-Pacífico recua 16,7%, a América do Norte apenas 0,3%, a Europa 18,8%, o Médio Oriente 11,8% e a América Latina 22,1%. Só África, o mercado regional mais pequeno, cresce, e apenas 0,3%.
Do lado da oferta as quebras são generalizadas, destacando-se a Europa (-30%), a Ásia-Pacífico (-28,5%) e o Médio Oriente (-21,5%).