Em Setembro, a carga aérea a nível mundial cresceu apenas 0,6% comparativamente ao mesmo mês de 2011, anunciou a IATA.
O resultado é fraco mas pior, sublinha a associação, é a quebra de 0,6% registada em Setembro relativamente ao Agosto imediatamente anterior. Apesar do impulso que o lançamento de um novo iPhone sempre provoca no mercado, e que no caso poderá ter ajudado a disfarçar algumas dificuldades.
O abrandamento da actividade é cada vez mais evidente, de tal forma que quase todos os principais mercados acusaram em Setembro quebras no year-on-year. Na Europa, por exemplo, o recuo foi de 0,4% e foi agravado pelo aumento de 1,2% na capacidade, que fez baixar o load factor em 0,7 pp para 45,6%.
As companhias da Ásia-Pacífico perderam 1,6% em Setembro (em Agosto haviam cedido 5,3%), enquanto a oferta de capacidade baixou 3%. Na América do Norte o resultado homólogo foi de -1,1% (e a capacidade baixou 3%). Na América Latina a procura deslizou 1,6%, ao passo que a oferta disparou 9%.
A excepção ao fraco momento do sector continua a ser o Médio Oriente, onde o tráfego de carga cresceu 16,3%, superando a subida de 6,9% na oferta.
No balanço dos primeiros três trimestres do ano, o tráfego internacional de carga aérea acumula perdas de 2,4%, com a América do Norte a ceder 1,5%, a América Latina a recuar 2%, Europa a perder 3,4% e a Ásia-Pacífico a cair 6,7%. Salva-se o Médio Oriente, a avançar 14,3%.