A IATA reviu hoje em baixa as suas previsões de lucros para a indústria da aviação comercial. Por causa da subida do petróleo. O novo “outloook” só não é, ainda, pior porque entretanto o PIB mundial poderá crescer mais do que o inicialmente previsto.
Dois meses volvidos, os lucros previstos pela IATA para as companhias aéreas caíram de 9,1 mil milhões de dólares para 8,6 mil milhões. Um corte de 500 milhões justificado pelo aumento do combustível. A estimativa anterior assentava num preço médio do barril nos 84 dólares. A nova previsão assume os 96 dólares. A cotação actual está acima dos 100.
A nova previsão dos lucros é 46% inferior aos 16 mil milhões de dólares registados ainda no ano passado. E representa uma margem operacional de apenas 1,4%.
A situação poderia ser, no entanto, ainda pior, e já no imediato, se entretanto não tivesse sido também revista, mas em alta, a previsão do crescimento do PIB mundial, de 2,6% para 3,1%. Em consequência, a IATA reviu também o volume de receitas do sector para os 594 mil milhões de dólares.
Ao longo de 2011, a procura deverá crescer mais que o previsto, e a oferta menos que o antecipado em Dezembro, do que resultará também uma melhoria das margens. A nova previsão aponta para yields de 1,9% na carga.
As companhias da Ásia-Pacífico manter-se-ão como as mais lucrativas, com um resultado líquido global de 3,7 mil milhões de dólares. Todavia, a anterior previsão apontava para 7,6 mil milhões.
Na América do Norte os lucros deverão chegar aos 3,2 mil milhões, também longe dos 4,7 mil milhões anteriormente anunciados. Situação que se repete na América Latina, para onde a IATA aponta agora lucros de 300 milhões, contra os mil milhões de Dezembro.
Para a Europa, ao invés, as perspectivas são agora melhores, apontando-se para lucros de 500 milhões (mais 100 milhões). Ainda assim, as companhias europeias serão as menos rendíveis, com uma margem operacional média de apenas 1,1%.