As companhias aéreas deverão atingir este ano lucros de 9,8 mil milhões de euros. Muito mais do que os 4,7 mil milhões anunciados ainda em Dezembro pela IATA.
A nova previsão da IATA confirma um regresso aos lucros mais forte que o esperado, depois de três anos “para esquecer”, quando o sector acumulou perdeu 183,3 mil milhões de dólares.
Os resultados operacionais deverão atingir os 22,4 mil milhões de dólares, mais do dobro do alcançado no ano passado (10,1 mil milhões) e muito acima dos 3,2 mil milhões de dólares avançados em Dezembro passado.
As receitas deverão crescer 9,7% até aos 803 mil milhões de dólares (com a carga a garantir 142,3 mil milhões). Será a primeira vez desde 2019 que o sector superará os 800 mil milhões de dólares, mas ainda ficará 4,1% abaixo do valor então alcançado.
Contas feitas, a margem de lucro das companhias ficará pelos 1,2%. Melhor que os -11,3% de média do período 2020-2022, mas longe dos 4,2% verificados em média entre 2015 e 2019 (quando o sector viveu um período de lucros crescentes).
O aumento dos resultados será consequência sobretudo da subida do número de passageiros para a casa dos 4,35 mil milhões, perto dos 4,54 mil milhões registados antes da pandemia.
Para as companhias aéreas europeias, a IATA prevê para o ano corrente um resultado líquido de 5,1 mil milhões de dólares, que compara com os 4,1 mil milhões estimados para 2022.
Já as companhias norte-americanas deverão lucrar 11,5 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões em 2022), enquanto as companhias da Ásia-Pacífico manter-se-ão no vermelho, mas reduzindo as perdas de 13,5 mil milhões para 6,9 mil milhões de dólares.