A partir de 1 de Janeiro, a carta de porte electrónica (e-AWB) passa a ser o standard na carga aérea, e o papel a opção, decidiu a IATA.
A decisão da Cargo Services Conference da IATA foi anunciada em primeira mão no Seminário de Transporte Aéreo do TRANSPORTES & NEGÓCIOS por Francisco Rizzuto, IATA Cargo Manager para a Europa.
No final de Setembro passado, a taxa de penetração da e-Air Way Bill era de 55,9% dos envios nas rotas elegíveis.
Com a decisão de tornar a e-AWB o procedimento standard na carga aérea, a IATA acredita que a digitalização do negócio avançará mais rapidamente. Até ao momento, a norma é a utilização da carta de porte em papel, sendo o recurso à e-AWB opcional e dependente do acordo entre as partes. A partir de Janeiro, a situação inverte-se.
O novo standard só se aplicará às rotas elegíveis (na verdade, na terminologia em inglês, às rotas “enabled”, “feasible” ou “elogible”), que na prática agregam cerca de 70% dos envios de carga aérea a nível mundial.
No entretanto, algumas companhias começaram a cobrar uma sobretaxa pela aceitação de cartas de porte em papel, visando com isso encorajar os clientes a optarem pela e-AWB.
No Seminário de Transporte Aéreo do TRANSPORTES & NEGÓCIOS, Mário Ferreira, director da Lufthansa Cargo para Portugal, deu conta do sucesso da companhia germânica no mercado português, com uma taxa de penetração da e-AWB de mais de 40% em poucos meses de trabalho.
A e-AWB foi lançada pela IATA em 2010, como primeiro passo para atingir o ambicionado e-Freight.