O mercado mundial de carga aérea deverá estar sob pressão em 2023, com menos volumes, yields mais baixos e, logo, menos receitas, prevê a IATA.
Já para 2022, a IATA antecipa que o negócio da carga aérea deverá render às companhias receitas na ordem dos 201,4 mil milhões de dólares. Em linha com o verificado em 2021 e, mais importante, mais do dobro dos 100,8 mil milhões de dólares registados em 2019, antes da crise provocada pela pandemia.
Para 2023, as previsões são menos brilhantes, mas muito longe de dramáticas. Desde logo, no que toca aos volumes. A projecção da associação das companhias aéreas aponta para que sejam transportados 57,7 milhões de toneladas, e lembra que em 2021 se atingiu o máximo de 65,6 milhões de toneladas.
Em baixa estarão também as margens. Os yields deverão cair, em 2023, 22,6% face a 2022, em boa parte devido ao continuado regresso ao mercado da capacidade disponível nos porões dos aviões de passageiros. Mas tratar-se-á essencialmente de uma correcção. A IATA lembra que os yields cresceram 52,5% em 2020, 24,2% em 2021 e ainda 7,2% em 2022. O que significa que mesmo em baixa as margens de 2023 serão amplamente superiores às de 2023.
Finalmente, no que toca às receitas da carga aérea, a estimativa para 2023 aponta para uma redução de 52 mil milhões de dólares, para 149,4 mil milhões. Mas, de novo, face a 2019 ainda haverá um ganho de 48,6 mil milhões, contextualiza a IATA.
Em termos globais, a indústria do transporte aéreo deverá perder este ano 6,9 mil milhões de dólares (em 2021, os prejuízos foram de 42 mil milhões de dólares) e regressar aos lucros em 2023, com 4,7 mil milhões de dólares,