Os mercados de carga aérea dão sinais de renovada expansão, conclui a IATA na apresentação dos resultados relativos a Março. Mas as companhias europeias e as da Ásia-Pacífico continuam abaixo da linha de água.
Em Março, o mercado da carga aérea cresceu apenas 0,1%, em termos homólogos, enquanto a oferta de capacidade avançou 1,7%. O que penalizou a taxa de ocupação dos aviões. A IATA justifica com o facto de, este ano, o impacto positivo do Ano Novo Chinês (celebrado em Janeiro) ter ocorrido em Fevereiro, quando em 2011 os festejos e o regresso ao trabalho aconteceram um mês mais tarde.
Além disso, a associação das companhias aéreas sublinha o crescimento de 2,2% de Março relativamente a Fevereiro, e ainda a subida de 4% verificada na comparação com o último trimestre do ano transacto.
Facto é que, em termos homólogos, a indústria da carga aérea apenas cresceu 0,1% em Março. Mas apenas as companhias da Ásia-Pacífico (menos 3,5%) e as da Europa (menos 2,2%) tiveram resultados negativos. Na América do Norte verificou-se um crescimento de 2%, em África foi de 3,8%, na América Latina chegou aos 4,9% e no Médio Oriente disparou 15,3%.
Em termos acumulados, no primeiro trimestre do ano corrente o saldo é ainda negativo em 0,9% (com a oferta a subir 2,6%), penalizado sobretudo pela Europa (menos 4,4%) e pela Ásia-Pacífico (menos 3,2%). A América do Norte já só perde 0,2%, enquanto África e a América Latina crescem 1%. Destaca-se o Médio Oriente, com um incremento de 14,6%.
Nos passageiros a situação é bastante melhor, com crescimentos homólogos de 9,6% em Março e de 8,2% no primeiro trimestre. Em ambos os casos, superiores ao aumento da oferta.
A principal ameaça à saúde das companhias aéreas, lembra a IATA, continua a ser a alta do preço do combustível, com a cotação do crude a manter-se há 14 meses acima dos 100 dólares/barril.