A IATA voltará a falhar, agora em 2016, a meta de introdução da carta de porte electrónica (e-AWB). A taxa de difusão deverá fechar o ano nos 46%, dez pontos percentuais abaixo dos 56% de objectivo. A organização mantém, porém, a meta para 2017.
O optimismo, apesar de tudo, da IATA tem como justificação o facto de o recurso à e-AWB continuar a crescer entre os transitários. Apenas em Março registou uma ligeira descida e em Setembro e Outubro cresceu, respectivamente, 1,4 p.p e 2,1 p.p.. A quota actual é de 44%.
“Embora não de uma forma tão rápida como esperávamos, o crescimento da utilização da e-AWB este ano tem sido regular e consistente”, refere, citado pela assessoria de imprensa, o director de carga na IATA, Glyn Hughes. “E continuamos a prever uma adopção de 62% até ao fim do próximo ano”, acrescenta.
Para atingir aquele objectivo, a IATA vai, segundo o seu responsável pelas mercadorias, “identificar rotas com forte implementação e focarmo-nos em acelerá-las”.
Em relação às causas para o aumento da adopção da e-AWB pelos transitários ser mais lenta do que o previsto, Glyn Hughes aponta várias. Aquele responsável refere não só a falta de harmonização e as restrições regulamentares – apenas 65% das rotas permitem o uso da e-AWB –, mas também as limitações tecnológicas, com múltiplos, e muitas vezes incompatíveis, sistemas de mensagens em utilização.
Cathay e DHL lideram rankings
De acordo com o último relatório mensal da IATA relativo à implementação da e-AWB, relativo a Outubro, os rankings das companhias, dos transitários e dos países de origem com mais emissões de e-AWB nos últimos 12 meses são assim;
Companhias aéreas:
1.ª Cathay Pacific
2.ª Emirates Airlines
3.ª Singapore Cargo
4.ª Qatar Airways
5.ª Korean Air
Transitários:
1.º DHL Global Forwarding
2.º Schenker
3.º Panalpina
4.º Expeditors
5.º UPS
Países de origem:
1.º Emirados Árabes Unidos
2.º Áustria
3.º Austrália
4.º Bélgica
5.º Brasil