A Icelandair assumiu esta semana a gestão da TACV Internacional. O contrato é válido por um ano e visará preparar a companhia para a privatização, mas os islandeses têm planos para Cabo Verde a três anos. O português Mário Chaves é o novo CEO.
A notícia foi avançada há largas semanas e pr0ntamente desmentida… até agora. Afinal, são mesmo os islandeses do grupo Icelandair a assumir a gestão da companhia aérea caboverdiana. O contrato foi assinado na quinta-feira passada e a nova gestão arrancou esta segunda-feira. Ainda não é a privatização, mas parece ser mais do que simples gestão.
O contrato é válido por um ano, prorrogável por mais um, caso entretanto não ocorra a privatização. Mas o plano de negócios prevê que a Icelandair reforça a frota da TACV com dois aviões no imediato, cinco até ao final do ano e 11 num horizonte de três anos.
O contrato de gestão prevê igualmente que Cabo Verde pague à Icelandair um total de 925 mil euros por um ano de gestão. Mas a hipótese de os islandeses virem a participar no capital parece não estar descartada.
TACV “muda-se” para o Sal
O novo plano de negócios da TACV Internacional prevê o reforço das ligações com a Europa, África e a América. Actualmente, a companhia oferece ligações para Lisboa, Paris e Amesterdão, Dakar e Bissau, Fortaleza e Recife e Providence (EUA).
Para isso, a TACV Internacional verá a sua frota reforçada com mais aparelhos Boeing. E assumirá como hub principal o aeroporto Amílcar Cabral, na ilha do Sal (em alternativa ao aeroporto da Praia, junto à capital), capaz de receber aviões de maiores dimensões (é a maior pista do país) e com possibilidades de expansão.
Mário Chaves é o CEO
O português Mário Chaves será o novo CEO da companhia de bandeira de Cabo Verde.
Mário Chaves chega à TACV Internacional proveniente da Icelandair, onde era vice-presidentes de operações.
O seu currículo profissional no sector iniciou-se na TAP, onde foi piloto, gestor de operações de voo e instrutor, tendo prosseguido na IATA (como sub-director de operações de voo e mais tarde director de eficiência de operações de voo) até à mudança para a Islândia, em Outubro do ano passado.