O presidente da International Chamber of Shipping (ICS) defende que não sejam encomendados mais navios porta-contentores até que a actual crise tenha acabado.
Citado pelo “FT”, o grego Spyros Polemis lembra as graves consequências do excesso de capacidade para os resultados dos armadores e dos operadores, muitos dos quais estão em sérias dificuldades para suportarem as perdas operacionais.
O presidente da ICS critica a “ruinosa” disputa pelas quotas de mercado. Que se verifica entre os armadores/operadores, e também entre os estaleiros – onde se verifica um excesso de capacidade instalada. A China, a Coreia do Sul e o Japão concentram 90% da produção mundial de navios, em tonelagem.
O apelo de Spyros Polemis parece surgir tarde de mais, considerando o volume de encomendas de novos porta-contentores já contratados: 598 navios, com uma capacidade agregada de 4,2 milhões de TEU, segundo a Alphaliner.
Só este ano, prevêem os analistas de Paris, a frota mundial de porta-contentores deverá crescer 8,1/% em capacidade (mais do que em 2011), para a casa dos 16,7 milhões de TEU. Até ao final de Dezembro estão previstas entregas de 248 navios porta-contentores, 55 dos quais serão de +10 000 TEU, de acordo com a mesma fonte.