A IMO prepara medidas para acabar, a partir de 1 de Março, com o transporte de óleo combustível pesado (HFO) a bordo de navios sem filtros de gases de escape (scrubbers) instalados.
O sub-comité da IMO para a prevenção e combate à poluição pretende, além disso, rever as guidelines para o uso de scrubbers em alternativa ao combustível de baixo teor de enxofre (LSFO), no seguimento das novas normas, em vigor desde 1 de Janeiro, que limitam a 0,5% o teor daquele elemento químico no combustível naval.
Há um consenso no sector de que a IMO 2020 causou pouca disrupção e que não houve escassez de bunker (LSFO ou HFO para navios com scrubbers), pelo menos nos principais centros de abastecimento. Resta, no entanto, saber como os operadores estão a cumprir as novas regras, dado que a verificação do cumprimento dos regulamentos é da responsabilidade dos estados-membros da IMO. Os especialistas crêem, de resto, que só no fim do ano haverá dados fidedignos a este respeito.
A instalação de scrubbers foi aceite pelos estados de bandeira da IMO como um meio alternativo para cumprir o novo limite de enxofre, com todos os sectores da indústria marítima a investirem milhões na instalação de filtros. Além do mais, os filtros permitem poupanças no custo do combustível, dado que o LSFO é 200 a 300 dólares (185 a 277 euros) por tonelada mais caro do que o HFO.
O único senão é que a maioria dos filtros são scrubbers de circuito aberto, os quais estão a ser proibidos por alguns estados – são já cerca de 80 os portos que estão a bani-los das águas sob sua jurisdição. Os scrubbers de circuito abeto descarregam a água de lavagem usada no processo de limpeza de combustível de volta para o mar, enquanto os de circuito fechado e híbridos mantêm essa água de lavagem a bordo para descarga juntamente com o resíduo de enxofre num porto designado.